Ansiedade é um traço evolutivo da espécie – um fator necessário para nossa sobrevivência e que nos trouxe muitos benefícios. Ela nos aponta algo significativo no futuro. Mas dependendo das circunstâncias ou intensidade pode nos prejudicar no funcionamento mental e corporal. A principal função da ansiedade é nos estimular para entrar em ação, mas em excesso pode fazer o contrário e nos paralisar.
Quando a ansiedade em excesso persiste em nos atrapalhar, falamos em transtornos de ansiedade, relacionados ao funcionamento do corpo e às experiências de vida, com um desconforto que parece não acabar ou um pico que se torna evidente.
Fatores
A causa do transtorno de ansiedade não é completamente conhecida, mas há evidências científicas de fatores de risco para um transtorno de ansiedade. São eles:
- Genes específicos ligados à ansiedade (se um parente de primeiro grau teve algum transtorno a possibilidade de desenvolver também é maior)
- Fatores ambientais (trabalho, rotina agitada, falta de rotina)
- Tipo de personalidade (algumas pessoas tem uma base ansiosa)
- Sexo e gênero (mulheres tem mais chances de desenvolver um transtorno de ansiedade)
- Trauma (um evento de alto impacto emocional como, por exemplo, abusos são fatores de risco para transtornos de ansiedade)
Sintomas e Sinais
Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que a ansiedade normal do cotidiano:
- Preocupações, tensões ou medos exagerados (não conseguir relaxar);
- Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;
- Perfeccionismo;
- Medo extremo de algum objeto ou situação em particular;
- Medo exagerado de ser humilhado publicamente;
- Medo intenso depois de uma situação muito difícil.
- Sensação contínua de que algo muito ruim vai acontecer;
- Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade;
- Sinais corporais e comportamentais: apetite desregulado, alterações de sono, tensão muscular, tremores, cansaço, coração acelerado, suor excessivo, mãos frias e suadas, boca seca, tontura, náuseas, vômito, diarreia, desconforto abdominal, ondas de calor, calafrios, dificuldade em engolir, respiração ofegante, falta de ar, palpitações, dores no peito, fala acelerada, roer as unhas, desmaios, irritabilidade, enxaqueca, dificuldade de concentração.
Tipos
Existem 5 tipos principais de ansiedade, são eles:
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): combinação de uma preocupação excessiva com o estresse recorrente. Ou seja, a ansiedade passa a interferir na rotina.
Transtorno do pânico: sensação forte de que está prestes a morrer e/ou perdendo o controle. Além disso, a sensação pode ser descrita como um ataque do coração, mesmo que não haja um verdadeiro sinal de perigo.
Fobia/ansiedade social: acontece sempre quando se está ou estará em público.
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): com pensamentos intrusivos (que invadem e se repetem), o medo de perder o controle ou ser responsável por algo terrível para si ou para os outros, como a culpa. Além disso, é caracterizado por movimentos repetitivos e comportamentos compulsivos.
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): causado por um trauma, a pessoa passa por momentos de confusão e medo, recordando os mesmos sentimentos que sentiu durante o evento.
Tratamento
Existem três tipos de tratamento para os transtornos de ansiedade:
- Medicamentos (sempre com acompanhamento médico);
- Psicoterapia com psicólogo;
- Combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).
É possível reduzir e lidar melhor com a ansiedade, mas não eliminá-la, o que afinal não seria benéfico. Para isso, o diagnóstico preciso e o tratamento eficaz com paciência e participação são fundamentais.
Agende sua primeira consulta para cuidar da sua ansiedade e transformar seu modo de ver a vida.